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  Tuberculose entre latino-americanos mobiliza Secretaria da Saúde
Rafael Garcia
  18/03/2003

Cerca de 240 mil latino-americanos que vivem em São Paulo de forma irregular não terão mais problemas de acesso aos serviços públicos de saúde municipais na zona central da cidade. Esta decisão foi tomada na reunião que aconteceu ontem, dia 17/03, na sede do Distrito de Saúde da Sub-Prefeitura da Sé. Estiveram presentes o responsável pela Pastoral do Imigrante, Padre Roque Patucci , o coordenador da Casa do Imigrante, Juan Plaza, e a equipe formada por médicos, enfermeiros e assistentes sociais, responsáveis pelas ações de combate a tuberculose desenvolvidas neste Distrito de Saúde.

Estes imigrantes são contratados em seus países de origem e trazidos para o Brasil de forma clandestina para trabalhar em pequenas oficinas de costura irregulares, produzindo roupas que serão vendidas depois em lojas do comércio popular nos bairros do Bom Retiro, Brás e Pari.

Segundo o Padre Roque, essas pessoas trabalham e dormem no mesmo local e são submetidas a um regime de trabalho de 14 a16 horas, na maioria das vezes, em ambientes inadequados e com pouca ventilação. Essa é a combinação ideal para o surgimento de graves doenças, sendo a mais comum a tuberculose.

Como não possuem papéis de identificação brasileiros e sem condições de comprovar residência ( documentos solicitados pelos serviços de saúde ), esses latino-americanos quando adoecem não procuram o atendimento público por medo de serem denunciados à Polícia Federal e deportados.

Para evitar que esse grupo se transforme num foco de disseminação da tuberculose, ficou acertado que será realizado um trabalho coordenado entre todos os Distritos de Saúde, que abrangem os principais pontos de concentração desses imigrantes ( Sé, Cachoeirinha, Vila Brasilândia, Lapa, Mooca, Vila Formosa, Vila Maria e Freguesia do Ó) para que os postos de saúde não solicitem desses imigrantes a apresentação dos papéis de identificação. "A atenção à saúde é mais importante que um ou dois documentos", afirma o coordenador do serviço de tuberculose no Distrito da Sé, Dr. Valdecir Cícero de Souza.

Outro resultado da reunião é que o Distrito de Saúde da Sé se encarregará de produzir material informativo sobre a doença com a indicação de onde buscar atendimento. À Pastoral do Imigrante caberá traduzir as informações para o espanhol, quechua, guarani e aimara. O objetivo da Pastoral é que esse tipo de ação se estenda ao atendimento às mulheres grávidas, outra grande dificuldade nessa população de "indocumentados".

 
 
 
   
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