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  Fundação Joaquim Nabuco recebe Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2010
Fundaj
  21/10/2010


A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) foi agraciada com o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação, edição 2010, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). A Fundaj venceu na categoria "Instituição Paradigmática". Foram premiados também a pesquisadora Lúcia Santaella (PUC-SP), na categoria Maturidade Acadêmica; o jornalista e pesquisador Rogério Christofoletti (UFSC), na categoria Liderança Emergente; e o Grupo de Bauru (Unesp-SP) na categoria Grupo Inovador.

A cerimônia de premiação aconteceu em 5 de setembro, no município gaúcho de Caxias do Sul. Na ocasião, a Fundação Joaquim Nabuco foi representada pelo seu Assessor de Comunicação, o jornalista e escritor Marcelo Mário de Melo.

A solenidade de entrega dos prêmios fez parte das atividades do XXXIII Congresso Nacional da Intercom que este ano foi sediado na Universidade de Caxias do Sul e que reuniu mais de 3 mil pessoas, entre estudantes de jornalismo, professores, profissionais e pesquisadores.

O Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação destina-se a reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades ou nos centros/institutos de pesquisa, valorizando a atuação individual, grupal ou coletiva.  Sua finalidade é identificar anualmente quais as pessoas, equipes ou instituições que apresentaram contribuições relevantes para o campo das ciências da comunicação, de modo a construir/consolidar a identidade da nossa comunidade acadêmica. Seu público alvo é formado por pesquisadores, professores, estudantes e demais interessados no trabalho acadêmico e nos rumos da pesquisa na área da Comunicação Social.

Foi instituído pela assembléia comemorativa dos 20 anos de fundação da INTERCOM, realizada em Santos (SP), em 1997. Sua finalidade é reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades ou nos centros de pesquisa, valorizando a atuação individual, grupal e coletiva. Sua meta é sinalizar anualmente para as novas gerações quais as pessoas ou instituições que oferecem contribuições relevantes ao campo das ciências da comunicação.
 
A intenção do Prêmio é também a de homenagear o pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais na universidade brasileira, o Professor Luiz Beltrão. Ele foi o fundador do primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiáticos, o Instituto de Ciências da Informação da Universidade Católica de Pernambuco (1963), editor da primeira revista brasileira de ciências da comunicação (Comunicações & Problemas, 1965) e ainda o primeiro Doutor em Ciências da Comunicação do Brasil (Universidade de Brasília, 1967).
 
 
Saiba Mais 

Luiz Beltrão

Pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais na universidade brasileira, Luiz Beltrão foi fundador do Instituto de Ciências da Informação, primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiáticos, e de Comunicações & Problemas, nossa primeira revista de ciências da comunicação (Universidade Católica de Pernambuco, 1963).  Tornou-se também o primeiro Doutor em Comunicação do Brasil (Universidade de Brasília, 1967). Sua obra ganhou reconhecimento nacional e prestígio internacional, nos âmbitos do jornalismo e comunicação de massa. Foi ao mesmo tempo pesquisador, educador e divulgador científico. Produziu conhecimento midiático ancorado na vivência profissional. Formou toda uma geração de professores e pesquisadores da comunicação. E converteu os resultados das suas pesquisas em material didático, difundido na sala de aula ou estocado em livros destinados aos jovens estudantes e profissionais. Nascido em Olinda, Pernambuco, em 8 de agosto de 1918, Luiz Beltrão faleceu em Brasília, em 1986.


Pronunciamento do representante da Fundação Joaquim Nabuco,  jornalista Marcelo Mário de Melo, no Prêmio Luiz Beltrão

A Fundação Joaquim Nabuco se sente honrada e agradece aos organizadores e patrocinadores da Intercom pela distinção deste prêmio, que traz a marca do jornalista pernambucano Luiz Beltrão, pioneiro como pedagogo e cientista da comunicação.

A Fundação Joaquim Nabuco nasceu em 1946, por iniciativa do então deputado Gilberto Freyre,  como um Instituto de Pesquisas voltado para o homem do campo situado no Norte-Nordeste do Brasil. Hoje, vinculada ao Ministério da Educação e em íntima ligação com o Ministério da Ciência e Tecnologia, atua nas áreas de Pesquisa, Documentação e Cultura, dinamizando projetos, equipamentos e serviços diversificados, sendo as ações educativas uma presença transversal.

Distribuída em três campi, a Fundaj é responsável por uma editora de livros e revistas e uma editora multimídia. Pelo Museu do Homem do Nordeste, o Centro de Artes Visuais do Norte e Nordeste,  um cinema, três bibliotecas, um centro de documentação, uma fonoteca, um núcleo de digitalização e outro de restauração de obras de arte. Desenvolve pesquisas e realiza, seminários, debates, capacitações exposições e lançamentos de produtos culturais. Promove concursos de artes plásticas,
monografias e roteiros de vídeos.

Pensar o Norte e o Nordeste numa ótica nacional e contribuir para as alternativas do desenvolvimento com inclusão social constituem o grande desafio atual da Fundaj, posto pelo presidente Fernando Lyra, nomeado no primeiro Governo Lula. Paralelamente, coloca-se a ênfase no estudo crítico do pensamento de Joaquim Nabuco, considerando problemas estruturais do Brasil, tratados por ele e ainda presentes como desafios.

Luiz Beltrão compõe uma galeria de jornalistas pernambucanos que teceram uma história de afirmação profissional, criatividade, contribuição teórica e resistência política. A exemplo de  Frei Caneca, o padre jornalista e guerrilheiro, companheiro do grande Cipriano Barata.. De Abreu e Lima, companheiro de Armas de Bolívar. De  Joaquim Nabuco, jornalista da abolição. De Luiz Nascimento,  historiador da imprensa. De Antônio Maria, poeta da crônica. De João Condé e seus Arquivos Implacáveis. De Mário Melo e Clóvis Melo, pai e filho cruzando jornalismo e história. De Barbosa Lima Sobrinho, ícone da liberdade de imprensa. Essa tessitura é continuada hoje na obra fecunda de José Marques Melo, que nasceu no estado das Alagoas, mas  teve no Recife suas  graduações universitárias. Sendo, portanto, jornalisticamente pernambucano.

Que esses jornalistas  inspirem os participantes deste Congresso  na ampliação das perspectivas teóricas e metodológicas e nas posturas do dia a dia. Com a certeza de que o Brasil precisa de profissionais da comunicação que atentem para as mazelas da nossa república cortesã e excludente, onde a mobilização popular e a construção da cidadania são tantas vezes substituídas pela comercialização da política, a espetacularização e as maquiagens do marketing.

O Brasil precisa de profissionais da comunicação que se alcem além da pauta de duas cabeças do oficialismo e sua oposição. Profissionais que entrem em sintonia com as pulsações da sociedade. Que resistam às atrações da meia dúzia e atentem para as necessidades dos sem. Os sem teto. Sem trabalho. Sem terra. Sem cultura. Sem informação qualificada e comprometida com a cidadania popular. Os que sofrem por carência, abuso, violência, restrição, discriminação, preconceito.

Nisto a comunicação e a medicina têm tudo em comum, segundo as palavras do médico sanitarista pernambucano e ex-prefeito de Santos,  David Capistrano Filho: "o único requisito indispensável é o compromisso com a vida, compromisso com os que sofrem."

Que se rejeite a ousadia na moderação, cujo subproduto é a mesmice melhorada, o "sempre cauteloso pouco a pouco" do burguês do poema de Mário de Andrade. É preciso ousar substantivamente. Ousar na palavra, ousar no projeto, ousar no impulso. Ousar, ousar, ousar. Paralelamente ao verbo amor.

"Vós sois o sal da terra. E se vós vos tornardes insípidos, com que a
terra  haverá de ser salgada?”

Muito obrigado.

 
 
 
   
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