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  "Legalização não é tudo", diz diretor da Rádio Favela

  20/02/2001

A Rádio Favela existe há mais de 20 anos e ficou famosa por ter sido a primeira rádio comunitária brasileira a ter concessão do governo para funcionar com status de educativa. Segundo um de seus diretores, Misael Avelino, a legalização da rádio, há pouco mais de um ano, não trouxe nenhuma vantagem. "Eu não gostei que ela tenha sido legalizada. A rádio só ganhou o sobrenome de educativa, mas não ajudou em nada, a não ser que agora a gente não tem mais a preocupação da polícia invadir e levar os equipamentos".

Situada entre as quatro emissoras mais ouvidas em Belo Horizonte atingindo, com base em pesquisas que as grandes emissoras fazem a cada quinze dias, uma população estimada em 2,5 milhões de pessoas, a Rádio Favela chega a 90 municípios mineiros, num raio de abrangência de cerca de 120 quilômetros. Mas, a Rádio Favela quer mais.

"Quando pintar grana para comprar um transmissor melhor, a gente compra. A nossa idéia não é falar só para o bairro, para a comunidade, a gente quer ir mais longe", comenta Misael que participou do encontro na Faculdade de Saúde Pública da USP que reuniu, no último sábado, dia 17, mais de 190 pessoas na pré-inscrição para o III Curso de Informação sobre Saúde Pública para Radiocomunicadores.

Ele sorteou entre os presentes uma passagem aérea para Belo Horizonte. A ganhadora, a estudante de jornalismo da Unicsul, Fabiana Rosa Ribeiro, vai conhecer de perto a Rádio Favela.

Misael também visitou a Rádio Heliópolis, na favela de Heliópolis, a maior de São Paulo, com mais de 80 mil moradores, e concedeu uma entrevista de mais de duas horas contando as experiências na Rádio Favela, onde, ele faz questão de repetir, quem manda é o ouvinte, opinando inclusive, na escolha dos comerciais. "Um dia, nós anunciamos uma marca de bebida e o pessoal não gostou, não quis, então nós tivemos que tirar do ar".

Misael acha que as rádios comunitárias estão muito preocupadas com a questão da legalização e que isso não é tudo, o mais importante é o compromisso com a comunidade. "A Rádio Favela é feita de fala, a gente toca música, mas o que a gente tem feito é dar prioridade a todas as pessoas da comunidade a participar, trocar idéia. Quanto mais tiver participação, mais haverá solução para tudo que acontece na cidade e, principalmente, na comunidade".

O intercâmbio da Rádio Favela com a Rádio Heliópolis deve ser intensificado. A equipe da Rádio Heliópolis está programando uma visita a Belo Horizonte, ainda no primeiro semestre deste ano, para conhecer de perto o trabalho na Rádio Favela.
 
 
 
   
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