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  "Todos nós aprendemos com Chaparro", diz Audálio Dantas na cerimônia de entrega do Prêmio Averroes 2012
Texto: Giulia Afiune Fotos: João Paulo Brito e Giulia Afiune
  18/09/2012

“O Chaparro é um estupendo maestro, um mestre. É um professor que criou e ensinou um estilo de jornalismo democrático e generoso que respeita o leitor e a população”. Foi assim que o curador do Prêmio Averroes e senador da república italiana, José Luiz Del Roio definiu o trabalho do jornalista e livre docente da ECA-USP Manuel Carlos Chaparro, que recebeu o Prêmio Averroes 2012 no sábado, 15 de setembro, na Câmara Municipal.

Desde 2008, a premiação homenageia profissionais que sejam pioneiros e compartilhadores de conhecimento nas suas áreas de atuação. Fruto da exitosa parceria entre Hospital Premier, Cinemateca Brasileira e OBORÉ, o Prêmio Averroes faz parte do Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a Morrer, que em sua 5ª edição aconteceu de 3 a 7 de setembro, na Cinemateca Brasileira.

Chaparro ganhou o Troféu Averroes, elaborado pelo artista plástico Jaime Prades e uma viagem com acompanhante para Córdoba, terra do filósofo que dá nome ao Prêmio. Humilde, ele revelou que se incomodou com a homenagem, mas reconheceu a importância do seu trabalho. “Você aprende nas redações que título tem que ter verbo. E ninguém explica por que. Ninguém explica que se você for criativo pode ter melhores resultados do que se seguir as regras. Essa inquietação eu sempre procurei passar para os meus alunos.” 

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Ideias e caminhos

O professor lembrou a importância do estudo para compreender a complexidade do Jornalismo. “É simples escrever, mas a importância do Jornalismo na sociedade, nas relações sociais, na deflagração e na solução dos conflitos, na capacitação dos grupos sociais organizados para agirem e interagirem no mundo, o tornam uma atividade complexa no seu conjunto. E isso exige estudo.”

O repórter português ganhou três Prêmios Esso com reportagens no jornal “A Ordem”, de Natal (RN), na década de 60. Ele também fundou uma das primeiras agências de assessoria de imprensa do Brasil, a PROAL, mas só aos 45 anos ingressou no curso de Jornalismo da ECA-USP. Na mesma instituição, foi professor e obteve a livre-docência, em 1997. Adquirindo importância no cenário acadêmico, foi presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, entre 1989 e 1991, e escreveu quatro livros. Hoje, aos 78 anos, mantém o blog “O Xis da Questão”, no qual analisa e reflete sobre o Jornalismo e fatos da atualidade.

Em sua trajetória, Chaparro conquistou a admiração e o respeito de inúmeros jornalistas à sua volta. “Ele é um homem que tem um profundo conhecimento e alia a isso uma disposição permanente em continuar transmitindo esse saber. Ele faz isso naturalmente, você nem precisa pedir”, comentou Audálio Dantas, que trabalhou na revista Realidade e foi Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo. “Todos nós continuamos aprendendo com Chaparro”, afirmou. 



Em nome do Prêmio Averroes 2012 : ( do púlpito à esquerda para a direita ) Dr. Kleber Lincoln Gomes , Faculdade de Medicina de Itajubá; Dra Goretti Maciel, Instituto Paliar; jornalista e escritor Audálio Dantas; professor José Marques de Melo, Intercom e Cátedra Unesco de Comunicação; Dr. Adnan Salman, Hospital Premier; professor Chaparro; sociólogo José Police Neto, Presidente da Câmara ; médico e vereador Gilberto Natalini; Senador José Luiz Del Roio; professor José Coelho Sobrinho, Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP; Dra Dalva Matsumoto, Academia Nacional de Cuidados Paliativos; jornalista Ana Luisa Zaniboni Gomes, OBORÉ. Em primeiro plano, Troféu Averroes, criação de Jaime Prades. (Foto: João Paulo Brito)
 
Cerimônia

Durante a cerimônia, amigos, ex-alunos, colegas jornalistas e vereadores puderam dar seu depoimento sobre o premiado. Além disso, foi exibido um documentário sobre a vida do jornalista, produzido pelo diretor da Memória Magnética e professor de Telejornalismo da ECA-USP, Luiz Fernando Santoro. Assista ao documentário.

O vídeo narra a trajetória de Chaparro a partir de depoimentos do próprio jornalista e de amigos e colegas de profissão como Gaudêncio Torquato, José Marques de Melo, Carlos Eduardo Lins da Silva, Nelson Breve Dias e Sergio Gomes. “Ele era o chefe de redação, o editor, quem carregava o piano. Tudo que ele fez foi em posição de destaque, com muita competência e ele é reconhecido por todos como o idealizador, o realizador”, analisou Santoro.

O repórter também foi celebrado com o espetáculo “Tributo ao Professor Manuel Chaparro”, executado pelo núcleo de música de câmara Ensemble São Paulo. Os instrumentistas Betina Stegmann (violino), Marcelo Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo) tocaram músicas eruditas, incluindo obras de Bach e Beethoven e a brasileira “Mourão”, de César Guerra Peixe e Clovis Pereira. 


O grupo de música de câmara Ensemble São Paulo (foto) finalizou a cerimônia de entrega do Prêmio Averroes 2012. À direita, Marcelo Jaffé (viola), no centro, Robert Suetholz (violoncelo) e à esquerda, Betina Stegmann (violino).

SAIBA MAIS

Leia aqui o discurso de agradecimento de Chaparro na cerimônia de entrega do Prêmio Averroes 2012

Leia aqui o
discurso feito por Chaparro quando soube que receberia o Prêmio Averroes, em um almoço de confraternização que reuniu amigos e família.

Confira O Xis da Questão - Blog do Professor Chaparro 

Assista ao depoimento do vereador Eliseu Gabriel.


Conheça o Prêmio Averroes

A pedido do Hospital Premier, o Prêmio Averroes foi concebido em 2008 pelo historiador ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, senador da República Italiana, membro do Parlamento do Conselho da Europa em Strassburgo e membro do Parlamento da União Européia Ocidental em Paris. Ficou por conta do talento do artista plástico Jaime Prades a materialização de todos os conceitos e objetivos traçados para o troféu: uma premiação anual que reconheça o talento de pesquisadores, professores e profissionais em compartilhar conhecimento, em toda e qualquer área de atuação. 

Jaime explica que o aço oxidável usado na peça foge do brilho de troféus tradicionais e representa a efemeridade das trajetórias reconhecidas com o prêmio. “Ele é outorgado a pessoas que têm como patrimônio a sua própria história”, comenta. 

As formas recortadas no metal foram inspiradas nos arabescos das paredes da mesquita do Alhambra em Córdoba, na Espanha, mas adquiriram uma roupagem contemporânea com a influência da linguagem do grafite presente no trabalho de Prades. 

Além disso, as letras vazadas correspondem a todas as maneiras de nomear Averroes em latim, hebraico e árabe. “As línguas simbolizam a coexistência das três culturas”, justifica Prades. O filósofo árabe Averroes atuou na região da Andaluzia, no sul da Espanha, marcada pelas influências das três culturas. Ele também traduziu e comentou obras de Aristóteles para o latim. Segundo Jaime Prades, a figura de Averroes representa também a tolerância. 


Os premiados 

2011 - ECLÉA BOSI
Professora emérita do Instituto de Psicologia da USP e docente do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, Ecléa Bosi criou, em 1994, a Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) – programa de extensão universitária da USP cujo objetivo é possibilitar ao idoso aprofundar conhecimentos em alguma área de seu interesse e ao mesmo tempo trocar informações e experiências com os jovens. Em 2011, junto às temáticas dos cuidados paliativos e do envelhecimento, o 4º Ciclo prestou homenagens à Professora, destacando seus estudos ligados à memória e enaltecendo a vida não só como um fenômeno biológico, mas também biográfico.

2010 - LUIZ HILDEBRANDO PEREIRA DA SILVA
Médico, pesquisador e professor universitário nas áreas de Genética, Parasitologia e Imunologia. Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1953. Além de epidemiologista do Serviço Nacional de Malária, foi professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba e na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e da capital, onde obteve Livre Docência em 1961. Em 1964 e 1969 foi demitido da USP pelos Atos Institucionais impostos pelo regime militar. Ambas as vezes, foi para a França, onde realizou pesquisas e lecionou no Instituto Pasteur de Paris e no French National Center for Scientific Research – CNRS. Na carreira acadêmica, foi ainda Visiting Professor de Genética na Universidade de Harvard (1982). Regressando ao Brasil em 1997, é atualmente diretor do Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais de Rondônia, onde desenvolve pesquisas em Imunologia e Epidemiologia da malária. Foi eleito Professor Emérito da Universidade Federal de Rondônia em 2002 e, em 2008, Professor Emérito da Universidade de São Paulo.

2009 - AUSÔNIA FAVORIDO DONATO
Doutora em Saúde Pública pela USP, com duplo mestrado: Educação em Saúde Pública e Psicologia da Educação. Dedica-se ao trabalho na área de educação formal e na área de saúde pública desde 1969. É Diretora Pedagógica do Colégio Equipe, em São Paulo , Diretora do Núcleo de Ensino no Instituto de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde e Diretora Pedagógica da Escola Técnica do SUS (Sistema Único de Saúde) da Secretaria Municipal da Saúde. É autora da tese “Trançando Redes de Comunicação - releitura de uma práxis da educação no contexto da saúde”, defendida em 2000 na Faculdade de Saúde Pública da USP, sob orientação do Prof. Dr. Cornélio Pedroso Rosenburg. 

2008 - MARCO TULLIO DE ASSIS FIGUEIREDO
Doutor em Patologia, organizador e ex-professor das disciplinas eletivas de Cuidados Paliativos e de Tanatologia da Unifesp e Professor Titular do Curso de Tanatologia e Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina de Itajubá MG). Membro fundador da International Association for Hospice and Palliative Care (Houston-USA) e membro de seu Conselho Diretor por 3 mandatos consecutivos como representante do Brasil (1997). Coordenador do capítulo de Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e co-tradutor do livro Bilhete de Plataforma: vivências em Cuidados Paliativos , de Derek Doyle (Difusão Editora, 2009). Foi premiado com o Troféu Averroes, em 2008.

 
 
 
   
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